Um conceito para um guiador de bicicleta de pista clássica.
Como alguém que tem a necessidade de velocidade (need for speed) na categoria de 2 rodas impulsionadas por pernas, gosto de brincar com conceitos de bicicletas. A época baixa permite algum tempo livre para isso, e este ano não foi diferente. A bicicleta em si? A Minha Colnago Master Pista dos anos 80. Para quem não está familiarizado, é o Ferrari F40 das bicicletas, com herança Italiana e tudo. Exceto que dentro de um preço mais aceitável. O propósito? Corridas em Pista.
O componente? O Guiador. Porquê? Bem, com apenas uma mudança e sem travões, não há muitos componentes adicionais para considerar. É também um dos 3 pontos de contacto, das quais podem fazer uma diferença tremenda no ajuste.
Conceito
Existem algumas coisas que eu queria fazer com o guiador para que se torne muito estreito, integra-lo na haste, e perder um pouco a cabeça. Um guiador estreito é normalmente mais aerodinâmico, e põe o ciclista numa posição mais aerodinâmica. São difíceis de encontrar. Geralmente gosto da aparência de um guiador e haste integrados, portanto esse será o meu objetivo. Finalmente, com alguma liberdade, decidi perder um pouco a cabeça e esbocei o conceito da imagem abaixo.
Topologia
Uma ferramenta muito útil, pelo que podemos começar com uma forma muito básica, executar estudos de simulação muito mais cedo no processo de design, e utilizar as formas resultantes como um ponto de partida mais avançado para a modelação. Para os estudos, comecei com uma forma muito básica, modelando todo o volume que poderia ser utilizado.
De forma simétrica, e apenas uma carga para simular o esforço máximo de um ciclista a fazer sprint, a preparação foi simples, executei o estudo topológico para duas situações, um modelo sólido e um modelo oco.
Preparação
Curiosamente, os resultados do corpo sólido não se distinguiram de forma muito diferente, uma combinação de uma barra e uma haste. Os resultados das peças ocas, produziram resultados mais loucos. Pelo que gostei do conceito das peças angulares, criando um formato em V em vez do formato tradicional. Então utilizei a ideia e dei um “giro” com ela.
Modelação
Para a modelação em si, optei por uma montagem do topo para baixo, não há a menor chance de esta peça ser impressa em 3D de uma só vez, portanto vários componentes num assembly faziam mais sentido. Fiz primeiro um sketch 3D para o layout básico.
Como queria evitar que gritassem comigo por utilizar todo o material da impressora 3D, decidi incorporar tubos de fibra de carbono, desta forma podia focar-me na modelação das pegas e a conexão à haste.
A pega foi modelada com uma spline 3D utilizando alguns truques e um surface loft, incorporando muitas das ideias do conceito original.
Para ligar as duas peças, precisava de um encaixe, utilizei uma combinação de surface lofts e filled surfaces para juntar as duas conexões.
Depois disso apenas tive de espelhar as peças para criar a pega da esquerda, e modelar os tubos de fibra de carbono, baixei a barra da frente muito mais que o que era sugerido no estudo topológico. Porquê? Parcialmente para poder posicionar os polegares e poder baixar me mais ainda, mas principalmente porque podia.
Para trazer tudo à vida, imprimi as peças e encomendei tubos de fibra de carbono, depois de serrar um pouco, utilizar epoxy e umas marteladas, ficou finalmente concluído.
Projeto concluído:
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