Engenheiras: O próximo passo para ultrapassar barreiras.
Quando ouve “engenharia” quem imagina primeiro? Provavelmente não pensou numa mulher. Isto deve-se ao facto das mulheres na engenharia serem pouco representadas, apesar da evolução que houve na diversidade das equipas de engenharia, ainda há uma grande lacuna, portanto ainda há muito trabalho para fazer. Os profissionais de engenharia estão de facto a fazer avanços significativos na sociedade, mas para melhorar toda a sociedade precisamos da perspetiva feminina, cada vez mais mulheres estão a entrar na área da engenharia, portanto vamos aprender um pouco sobre as primeiras engenheiras do mundo!
1876: Elizabeth Bragg – A primeira mulher a ter um Bacharelato em engenharia na Universidade da Califórnia em Berkeley.
1882: Mary Hegeler – A primeira mulher a ter um Bacharelato em Ciência na Universidade do Michigan.
1892: Elmina Wilson – A Primeira Dama da Engenharia Estrutural – Na Universidade estatal do Iowa
1894: Julia Morgan – A primeira mulher a receber uma licença de arquitectura e um diploma em Engenharia na U.C Berkeley’s College of Mechanics
1905: Nora Stanton – Primeiro membro feminino da Sociedade Americana de Engenheiros civis na Universidade de Cornell.
1918: Dorothy Hall Brophy – Primeira mulher a receber o Bacharelato em Engenharia Química na universidade do Michigan.
Troy Eller English, uma investigadora da Sociedade de Mulheres Engenheiras, descobriu que era raro por ano, uma mulher receber um diploma em engenharia por todo o país, entre 1876 e 1900, a percentagem de mulheres com diplomas de engenharia apenas chegou a 1% em 1972.
Olhando com mais atenção à universidade do Michigan, notamos que se destaca relativamente ao número de diplomas atribuídos a mulheres quando comparado à média nacional.
Apesar do aumento de mulheres na área de engenharia ter subido, as medias têm estagnado desde 2000, apesar das mulheres estarem a conquistar a área de negócios, lei, medicina, ainda há uma grande diferença na área da engenharia, hoje em dia 80% dos diplomas são atribuídos a homens, apesar do grande esforço para que raparigas comecem a estudar mais ciência, matemática, engenharia, tecnologia, há um grande problema que não tem sido abordado, assim que uma mulher entra no mercado de trabalho de engenharia, acaba sempre por o deixar.
Uma em cada 4 mulheres deixa a área depois dos 30, não se deve à falta de inteligência ou talento, (tanto homens como mulheres têm o mesmo potencial) a realidade é que a engenharia é uma área dominada por homens, e para uma mulher ser levada a sério tem de se esforçar mais, trabalhar mais, e fazer mais que todos os seus colegas do sexo masculino, infelizmente a realidade é que no mercado profissional ainda há a mentalidade que os homens sabem mais sobre coisas mecânicas, é algo que está no subconsciente das pessoas. É uma tarefa difícil, a de obliterar estereótipos a que as pessoas se habituaram.
O passo crucial para mudar, isto é, na mentalidade das crianças que educamos, geralmente as crianças começam a perder o interesse pela matemática e ciência aos 6 anos, se raparigas jovens são ensinadas a desistir de uma paixão apenas porque o ambiente em que vivem diz que é uma coisa para rapazes, nunca haverá uma melhoria na diversidade.
No entanto várias organizações estão a dar passos para remediar a situação impulsionando os variados interesses de raparigas nas áreas da ciência, engenharia, design, computação e outras.
A engenharia não é sobre nascer um génio, é sobre o quanto se quer algo e quanto esforço é dedicado a isso. Uma coleção de mentes diversas precisa de trabalhar nos problemas crescentes do mundo. Como uma sociedade, estamos a por de lado todo o potencial que as mulheres trazem, a sua inteligência, capacidade de resolver problemas de formas diferentes, criatividade. Se as mulheres se apresentarem com orgulho e confiança, mostrarão ao mundo que as engenheiras são essenciais para a melhoria deste mundo.
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